sexta-feira, 28 de janeiro de 2011


A Confederação Nacional de Municípios (CNM)
 divulgou nesta , um levantamento
 que analisa a equiparação salarial para parlamentares,
 ministros de Estado e para o presidente e o vice-presidente
 da República, aprovada pelo Senado. Segundo a CNM,
 se o aumento for incorporado em todas
 as assembleias estaduais,
 o aumento significará R$ 128,7 milhões
 por ano de gastos a mais.
 Sendo adotado nas câmaras municipais, 
ocasionará um acréscimo de R$ 1,8 bilhão, 
totalizando R$ 1,9 bilhão.
Conforme a CNM, o aumento não impactará
 apenas a folha de pagamento da Câmara dos Deputados
 e do Senado, mas também os legislativos estaduais
 e municipais. Isso ocorre, diz a CNM, porque a Constituição
 limita as remunerações dos deputados estaduais
 a 75% do salário dos deputados federais, 
como também vincula a remuneração dos vereadores
 aos salários dos respectivos deputados estaduais.
Confirmando-se o efeito cascata para os Estados,
 há a possibilidade de um custo adicional muito expressivo
 para as câmaras municipais a partir da próxima legislatura.
 A CNM calculou, com base no número de
 vereadores eleitos em 2008, qual seria o custo máximo
 por ano para as câmaras, supondo que os novos tetos 
constitucionais sejam plenamente empregados. 
O impacto total estimado seria de R$ 1,8 bilhão.
O aumento, porém, será estudado caso a caso por cada uma das 
instituições, podendo, inclusive, ser zero em razão
 da limitação do repasse máximo que a Câmara recebe.
Salários de R$ 26,7 mil
O Senado aprovou nesta quarta-feira a equiparação
 salarial para parlamentares, ministros de Estado e para o 
presidente e o vice-presidente da República. Todos passarão a 
ganhar R$ 26,7 mil a partir de fevereiro do ano que vem.
A votação simbólica no Senado ocorreu poucas horas depois de a 
Câmara dos Deputados também ter aprovado a matéria. O dinheiro 
para cobrir o aumento concedido sairá do orçamento dos 
respectivos órgãos públicos.
Atualmente, o salário dos parlamentares é de R$ 16,5 mil. Os ministros 
de Estado recebem R$ 10,7 mil e o presidente da República, R$ 11,4 mil. 
Na prática, o reajuste para os parlamentares será de 61,8%. Para 
presidente, de 133,9%, e para ministros vai superar 149%. Os salários 
não eram aumentados desde 2007.
Na rápida discussão do decreto no plenário do Senado, Marina Silva 
(PV-AC) manifestou-se contra a aprovação. "Estamos em um momento de 
crise econômica no mundo inteiro e o Brasil não está imune aos 
problemas que estamos vivenciando no mundo. Além disso, nenhum 
trabalhador recebeu um aumento de mais de 60%", disse.
O tucano Alvaro Dias (PR) também foi contrário à matéria. Ele disse 
que só seria favorável se acabassem com a verba de gabinete.
Ministros do Supremo
O novo salário aprovado é o mesmo pago atualmente para ministros 
do Supremo Tribunal Federal (STF). A justificativa para o decreto 
afirma que a proposta é alcançar "autonomia" entre os poderes.
Contudo, o texto não prevê equiparação em caso de reajustes, ou 
seja, aumentos no Supremo não se traduzirão em reajustes 
automáticos nos demais poderes. A equiparação dependerá da 
aprovação de uma proposta de emenda constitucional, que deverá 
ser apresentada no Congresso no próximo ano.
Esta vergonha devemos todos parar pensar e protestar...

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